“Government is essentially the negation of liberty.” — Ludwig von Mises (“O governo é essencialmente a negação da liberdade.”) “The institution of the state establishes a socially legitimized and sanctified channel for bad people to do bad things.” — Murray N. Rothbard (“A instituição do estado estabelece um canal legitimado e ungido para pessoas más fazerem coisas ruins.”) “[The state is] an institution run by gangs of murderers, plunderers, and thieves, surrounded by willing executioners, propagandists, sycophants, crooks, liars, clowns, charlatans, dupes, and useful idiots — an institution that dirties and taints everything it touches.” — Hans-Hermann Hoppe (“[O estado é] uma instituição conduzida por gangues de assassinos, saqueadores e ladrões, tendo à sua volta dispostos executores, propagandistas, patifes, vigaristas, mentirosos, palhaços, charlatões, imbecis e idiotas úteis — uma instituição que suja e macula tudo que toca.”) “Socialismo es todo sistema de agresión institucional contra el libre ejercicio de la acción humana o función empresarial.” — Jesús Huerta de Soto

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Evitem ter Hayek como referência pró-liberdade

 Leiam estes dois textos:

(1) Mises contra Hayek — o socialismo é um problema de propriedade ou de conhecimento?

(2) Por que Mises — e não Hayek

Os Intocáveis (Patrícia Bonafé Turmina)

 


Texto publicado em 20.08.2020

 

No Brasil, foram desembolsados R$ 928 bilhões para pagar servidores públicos em 2019. Isso significa que, só ao funcionalismo, cada brasileiro pagou em média R$ 4.440 sem contar outras despesas e investimentos. Esse gasto, por exemplo, é o dobro do investimento na educação e 3,5 vezes o investimento na saúde.

Mais do que o funcionalismo comum, os cargos públicos de alto escalão costumam remunerar muito melhor que a iniciativa privada. Isso porque o Estado pode se dar a um luxo que as empresas privadas jamais poderão: ter prejuízos constantes e contínuos e continuar gastando. Empresas deficitárias e pouco competitivas quebram, mas, no caso do Estado, há sempre um benfeitor que arca com o preço abusivo e o prejuízo: você.

Desviar o foco do brasileiro da gravidade da crise orçamentária é a especialidade do governo. Não surpreende, já que quem julga o corte de gastos é justamente quem mais se beneficia do sistema deficitário. As mudanças mais cruciais para uma reforma estruturante não são sequer comentadas, pois o compromisso assumido pelo Estado com os servidores mais onerosos é intocável. Só não é intocável o bolso do cidadão.

É comum, por exemplo, que os três poderes concordem que os salários dos professores deveriam ser maiores. Mas você não verá os bon vivants do alto escalão do Executivo, do Legislativo e do Judiciário dispostos a abrirem mão dos seus salários de R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$ 40 mil (e mais) ou dos seus gordos benefícios e auxílios. A sua sugestão sempre será aumentar a dívida ou a arrecadação.

O Brasil vende a sua ineficiência fiado e ainda pendura a conta no nome do cidadão comum que vive no risco e sabe que o risco é inerente à vida e à evolução. A segurança absoluta vendida a muitos servidores é incondizente com o estado natural das coisas. O mundo e a economia têm como essência a instabilidade, mas o Brasil se julga acima disso. A estabilidade, a onerosidade e os benefícios intocáveis do alto escalão estão destruindo o orçamento do país. E é o cidadão comum quem segue carregando o piano na tentativa frustrada de quitar a conta da esquizofrenia estatal.

 

COMENTÁRIO MEU:

Nenhuma surpresa. Conforme a moderna “Ciência”, quanto maiores forem a tributação, os gastos estatais, o endividamento estatal e a inflação monetária (i.e., a criação de papelzinho colorido e de dígito eletrônico), maior será a prosperidade...

O estado é apenas uma organização que pratica violações contínuas e institucionalizadas dos direitos de propriedade num determinado território. O estado é uma instituição parasitária. Os meios estatais de expropriação mais comuns são a tributação, a inflação da moeda de curso forçado (aumento da quantidade de dinheiro em circulação) e as regulamentações (as quais notadamente restringem o campo de atuação e a iniciativa — i.e., restringem a liberdade de entrada no processo de mercado —, beneficiando alguns em detrimento do resto).

O estado configura uma enorme aberração jurídica: julga os casos em que ele próprio é parte (ou seja, a tendência é clara: julgar em favor de si mesmo).