“Government is essentially the negation of liberty.” — Ludwig von Mises (“O governo é essencialmente a negação da liberdade.”) “The institution of the state establishes a socially legitimized and sanctified channel for bad people to do bad things.” — Murray N. Rothbard (“A instituição do estado estabelece um canal legitimado e ungido para pessoas más fazerem coisas ruins.”) “[The state is] an institution run by gangs of murderers, plunderers, and thieves, surrounded by willing executioners, propagandists, sycophants, crooks, liars, clowns, charlatans, dupes, and useful idiots — an institution that dirties and taints everything it touches.” — Hans-Hermann Hoppe (“[O estado é] uma instituição conduzida por gangues de assassinos, saqueadores e ladrões, tendo à sua volta dispostos executores, propagandistas, patifes, vigaristas, mentirosos, palhaços, charlatões, imbecis e idiotas úteis — uma instituição que suja e macula tudo que toca.”) “Socialismo es todo sistema de agresión institucional contra el libre ejercicio de la acción humana o función empresarial.” — Jesús Huerta de Soto

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Liberdade para contratar, estocar, comprar ou vender (Roberto Rachewsky)

 

Texto publicado em setembro de 2014

 

O Banco Central é a instituição governamental com maior capacidade para interferir na vida das pessoas, mais até do que a Receita Federal.

É o Banco Central que manda imprimir dinheiro, gerando inflação.

É o Banco Central que define o preço do dinheiro, a taxa de juros [a taxa SELIC, i.e., a taxa do juro interbancário], tomando ou dando empréstimos aos bancos, ao público ou ao governo.

É o Banco Central que intervém na taxa de câmbio, definindo o valor do real perante as moedas estrangeiras. O estoque de moedas estrangeiras fica à disposição do Banco Central.

Se o governo gastar demais e não puder aumentar os impostos, o Banco Central empresta para o Tesouro Nacional.

Lembrem-se, as fontes do Banco Central são aquelas: imprimir dinheiro, tomar empréstimos ou vender moedas estrangeiras. Ações com um único resultado para a população, a perda do poder aquisitivo de todos.

O governo gasta, o Banco Central ajuda, e a população sofre. Quanto mais pobre for o cidadão, maior será o seu sofrimento.

Muitos economistas defendem a independência do Banco Central, para impedir que o governo exija ajuda no pagamento dos seus gastos demasiados. Evitando, assim, inflação, aumento da taxa de juros e desvalorização da moeda.

Os fins parecem desejáveis. No entanto, o meio escolhido, a independência do Banco Central, jamais será implementado consistentemente. Nem as nossas empresas, nem nós mesmos conseguimos a nossa independência do governo, imaginem um órgão criado e mantido por ele.

O que precisamos, seja com um Banco Central dependente, independente ou inexistente, é acabar com o curso legal forçado da moeda nacional, que nos obriga a aceitá-la, sob pena de punição.

Quem precisa de independência do Banco Central — e do governo em geral — somos nós.

Queremos ter liberdade para contratar, comprar, estocar ou vender o que quisermos, em qualquer moeda, seja ela estrangeira ou local.

A moeda deve servir apenas como um instrumento a serviço dos homens livres e produtivos. Um meio de pagamento para facilitar as nossas vidas. É para isso que o dinheiro serve.

Banco Central e moeda com curso legal forçado são instrumentos de coerção do governo, para nos submeter e espoliar.

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