Texto
publicado em setembro de 2014
O
Banco Central é a instituição governamental com maior capacidade para
interferir na vida das pessoas, mais até do que a Receita Federal.
É o
Banco Central que manda imprimir dinheiro, gerando inflação.
É o
Banco Central que define o preço do dinheiro, a taxa de juros [a taxa SELIC, i.e., a taxa do juro interbancário], tomando ou dando
empréstimos aos bancos, ao público ou ao governo.
É o
Banco Central que intervém na taxa de câmbio, definindo o valor do real perante
as moedas estrangeiras. O estoque de moedas estrangeiras fica à disposição do
Banco Central.
Se o
governo gastar demais e não puder aumentar os impostos, o Banco Central
empresta para o Tesouro Nacional.
Lembrem-se,
as fontes do Banco Central são aquelas: imprimir dinheiro, tomar empréstimos ou
vender moedas estrangeiras. Ações com um único resultado para a população, a
perda do poder aquisitivo de todos.
O
governo gasta, o Banco Central ajuda, e a população sofre. Quanto mais pobre
for o cidadão, maior será o seu sofrimento.
Muitos
economistas defendem a independência do Banco Central, para impedir que o
governo exija ajuda no pagamento dos seus gastos demasiados. Evitando, assim,
inflação, aumento da taxa de juros e desvalorização da moeda.
Os
fins parecem desejáveis. No entanto, o meio escolhido, a independência do Banco
Central, jamais será implementado consistentemente. Nem as nossas empresas, nem
nós mesmos conseguimos a nossa independência do governo, imaginem um órgão
criado e mantido por ele.
O que
precisamos, seja com um Banco Central dependente, independente ou inexistente,
é acabar com o curso legal forçado da moeda nacional, que nos obriga a
aceitá-la, sob pena de punição.
Quem
precisa de independência do Banco Central — e do governo em geral — somos nós.
Queremos
ter liberdade para contratar, comprar, estocar ou vender o que quisermos, em
qualquer moeda, seja ela estrangeira ou local.
A
moeda deve servir apenas como um instrumento a serviço dos homens livres e
produtivos. Um meio de pagamento para facilitar as nossas vidas. É para isso
que o dinheiro serve.
Banco Central e moeda com curso legal forçado são instrumentos de coerção do governo, para nos submeter e espoliar.
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